terça-feira, 26 de novembro de 2013

SOL NASCENTE

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(Satélite parte II)


-Será que ELE está assistindo?
-Acho que sim. ELE disse que ia ficar de olho.
-Nossa. ELE deve estar mau.
-Eu avisei pra ELE que isso era bem possível de acontecer. Eles não sabem lidar com essas coisas.
-Você carregou demais Venny. Colocou tudo numa dose muito alta.
-Não! Eu fiz como ELE me pediu Shaun.
ELE abriu a porta e chamou-as.
-Venny e Shaun. Parem de bisbilhotar e fuxicar como loucas e venham aqui comigo.
-Sim chefe.
Venny olhou pra ELE. ELE estava com um semblante meio caído. Tipo um garoto quando ganha um brinquedo diferente e inferior ao que tinha pedido de presente.
-Veja Venny. Eu acho que fiz tudo certo. Sabia que a chance disso acontecer era grande, mas eu realmente apostei.
-Não fica assim chefe. Você sabe como é.
-Sei. O mais engraçado disso tudo é que EU sei como é.
-Mas e agora chefe? Como é que fica.
-Escuta Shaun... Bem, quando eu criei esta parte eu sabia o que estava fazendo. Pedi pra você Venny dar tudo em doses muito altas e você fez um trabalho maravilhoso tão bom quanto você mesma e até mesmo você concordou.
-Vocês me avisaram sobre esses riscos é bem verdade e eu sabia deles. Mas quando eu crio uma estrela, EU crio uma estrela e pronto. Ela tem que brilhar e vai brilhar ainda durante muito tempo. Está muito longe de sua luz se extinguir e mesmo quando extinguir o facho de luz que fica ainda dura muito tempo.
-E quanto ao resto?
-Bom o resto é o resto embora aquele sacana me surpreendeu. Ele manteve a dignidade e até certa polidez... Não digo que eu o quero aqui no final das contas, mas ele ganhou um pouco mais do meu respeito. Sabe, ele encontrou algumas coisas que ele não sabia que tinha. É claro que ele é como é e o que eu gosto nele é que ele não reclama e nem esconde. E isso o fez ser duro como uma rocha. Agora eu não sei como ele vai fazer, sem a sua carapaça, sem seu casco de tartaruga que o envolve.
-Venny, pegue aquela fita pra mim.
Venny pegou e deu nas mãos DELE.
-Poxa chefe, isso é sacanagem.
-Eu gosto de brincar Venny, você sabe disso.
Lá embaixo uma pequena figura bebia seu vinho de uma forma que conhecia bem, mas que dessa vez tinha um gosto diferente de todas as outras vezes.
-Porra! Sacanagem!
A figura olhou pro céu e sabia que isso era uma típica piada de mau gosto, mas não lamentou.
Então a figura envelhecida e bruta resolveu se pronunciar.
-Bem cara, eu sei que você esta ai em cima rindo um bocado e acho que você tem direito. Mas sabe meu chapa... Dessa vez você realmente me acertou forte, e ainda deu risada... Tudo bem, eu mereço... Mas escute aqui, eu não vou me entregar assim tão fácil. Não sei se quem me fez foi você ou o outro e pra mim pouco importa agora, mas eu te garanto uma coisa meu velho. Eu cumpro o que prometo, nisso eu sou bem, e me dê um tempinho, só te peço um tempinho pra me levantar, não encerre a contagem agora, me dê mais um fôlego e ai você verá o que é um cachorro velho e mordido brigando pra valer.
Lá em cima ELE ria. Aquela figurinha era mesmo uma casca grossa.
-Você acha que ele esta falando sério chefe?
-Sinceramente sim.
-Uau! Esse vagabundo tem Culhões mesmo hein?
-Tem, isso ele tem.
Então, ELE e as duas viram as explosões de cor e luz brilhando na noite, confusas, terríveis e catárticas.
Mas cientes que os tons se encaixariam em harmonia simétrica novamente.

Por que por mais escura que a noite seja
No outro dia o Sol vai nascer.



terça-feira, 19 de novembro de 2013

SATÉLITE

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ELE calçou os chinelos, pegou os materiais e vestiu uma camisa da seleção de 82, a numero 8 do doutor e foi pra praia.
Colocou-se diante do mar, contemplou-o e depois começou a trabalhar na tela com esmero. Estava inspirado, muito inspirado, mas queria atingir a perfeição.
A noite caiu e sob as estrelas ELE continuou trabalhando duro. Acerta daqui, mexe dali, apaga isso, coloca aquilo, não, não, não, agora sim!
Ligou o radio e sintonizou na parada da bilboard. Gostava daquela música, ainda seria um sucesso daqui a 30 anos.
Então se levantou e olhou o que tinha criado. Ficou feliz, tinha conseguido fazer sua parte, tinha alcançado seu objetivo, fizera com esmero, com paciência, com suor.
Assinou a tela com sangue pra que tivesse ainda mais dele mesmo naquilo e então, com a fogueira acessa dançou afundando seus pés na areia.
Na outra manhã despertou eufórico e chegou ao trabalho sorridente.
-Bom dia chefe!
-Bom dia rapazes!
-Nossa como ELE está contente!
-É mesmo! ELE quase sempre tá de boa, mas hoje ele está com uma cara daquelas.
Entrou em sua sala, tirou o pano que cobria a tela, examinou-a mais uma vez e então foi ao corredor.
-Chamem a Venny e Shaun, por favor.
-Sim chefe.
Elas entraram na sala. Venny era linda, uma verdadeira Deusa, e Shaun era esperta e tinha mesmo uma boa bossa.
-Bom dia chefe. O que manda?
-Chamei vocês duas aqui por que preciso de uma ajuda. Deem uma olhada e me digam o que acham.
-Uau chefe! O senhor caprichou mesmo hein?  Tá quase melhor que eu mesma?
-Obrigado Venny! Eu acho que tá igual, pra não dizer melhor.
-Sensacional Chefe, sensacional, mas o que o senhor vai fazer com isso?
-Vou chamar os meninos e mandar entregar.
-Chefe, me desculpe, mas o senhor tá maluco? Você sabe melhor que ninguém a dor de cabeça que isso causaria.
-Talvez agora seja diferente.
-Nunca é diferente. Eles não sabem lidar com essas coisas.
-Por isso você tá aqui Shaun. Você tem esperteza suficiente pra deixar esse projeto funcionando sem que se torne um caos. Juntei umas coisas do Herman e do Aby também, talvez isso facilite.
-Chefe, eu sei mexer com projetos, mas nada desse tamanho. Isso é incrível. Olha a cara da Venny, ela mesma se rendeu e ela nunca se rende.
-Eu sei, eu sei. Caprichei mesmo, queria que fosse assim. Agora Venny, arte-finalize pra mim, preciso do teu toque nisso, preciso da tua benção.
-Com tudo chefe?
-Tudo. E quero em doses altas, o fogo, a calma e o brilho.
-Tudo bem... Chefe, você sabe que quando faz dessas coisas eu me irrito um pouco. Mas dessa vez, nossa, tá tão perfeito que eu fico feliz e temerosa ao mesmo tempo. Tem o melhor de você ai, você ASSINOU COM SANGUE!
Então os 3 trabalharam até que ficasse perfeito. Colocaram tudo no lugar e se deram por satisfeitos.
As duas saíram da sala e ELE chamou novamente.
- Chamem o Brooke e o Cassidy.
Os dois estavam sentados vendo tv quando os chamaram.
-Levanta o rabo dai Cass! Tem trampo hoje.
-Opa! Deixe eu me vestir. Fazia tempo que eu não fazia nada.
-É o lado ruim desse trampo é isso. Você só trabalha de vez em quando.
-Mas isso que é o bom Brooke. O chefe quando manda só manda coisa boa e confia na gente pra levar.
-Isso é bem verdade.
Entraram na sala e receberam as instruções.
Era começo de outono e o tempo estava bom. Pegaram a entrega e ainda comentaram.
-Porra chefe! Detonou hein?
-Obrigado filho.
Então desceram e fizeram a entrega. Essa era a parte boa do trabalho.
E ainda receberam uma folga pra assistir aos jogos no outro lado.
E viram o espirito humano ser levado ao extremo.
Seres admiráveis mesmo esses homens.
Embora aquela águia estupida fosse um insulto aos olhos.
Lá em cima ELE observa a sua criação.
Sabia quanta loucura aquilo provocaria, passaria e sentiria.
Mas sabia também, e por isso se alegrava, em ver o quanto aquele satélite móvel iluminava o mundo.



quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Bartterfly

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Clive estava bebendo uma noite dessas, uma noite dessas bestas de verão.
Clive não gostava muito do calor. Ele era grande e pesado e sentia-se cansado com tudo aquilo.
As pessoas todas insanas, talvez pelo calor, os tempos modernos, o desespero de ser “curtido” de ser legal, de serem aceitos.
Ele estava sentado lá no fundo do bar quando ELA entrou.
Às vezes, só às vezes, os almoxarifes do céu descem á terra e agraciam alguém com toda a graça que é possível conceber a uma mortal.
ELA era uma dessas agraciadas.
O bar estava cheio, risadas, vozes, gritos, mas o silêncio DELA cortava o ar e era mais emblemático que tudo o que estava ao seu redor.
Sentou-se solitária à mesa, num canto.
Da sacola que trazia via-se a capa de um exemplar raro de “A garota mais linda da galáxia” um livro de poemas que Clive achava muito bom. Não eram grandes poemas é bem verdade, mas continham uma verdade tão intensa que era impossível não gostar deles. Eram poemas de um homem desesperado, arriscando tudo na escrita.
Clive gostava de gente que escrevia assim.
ELA levantou-se para ir ao balcão pegar uma bebida.
O cabelo corria grande e negro pelas costas. O corpo era bonito, não era extravagante, mas simétrico e sensual, uma bundinha pequena e muito bem desenhada..
ELA era forma e conteúdo.
Giant e Hooper numa só tela.
ELA foi até a Jukebox e colocou uma ficha.
O disco caiu no prato e começou a tocar.
Dançou quase que imóvel, mas cada movimento era um flash de luz, um relâmpago no escuro.
Quase todos no bar de uma forma ou de outra a olhavam.
Desejavam ardentemente sua carne.
Clive também, mas tinha algo a mais e era isso que o atraia.
Era carne e alma, fogo e razão, duvida e certeza.
Havia um mistério, uma magia e muita loucura naquele fogo.
Ao virar-se os olhos dela cruzaram os de Clive.
ELA olhou BEM dentro dos olhos dele.
Os olhos DELA grandes e brilhantes penetraram as fendas pelas quais Clive via o mundo.
ELA viu dentro deles.
Viu tudo. Loucura, medo, frustrações, alguma sabedoria, tristeza, mas principalmente loucura e medo.
Então ELA sorriu e saiu pela porta.
A noite se enfeitou de joias enquanto ela partia deixando para trás um degrade em rosa, branco e azul bebê.


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Colcha de Retalhos

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Venha sob a lua azul me levar
Olá falcão! Venha me pegar.
Pois ninguém me corta em silêncio como você me corta 
E eu sei que é destino correndo contra mim
E irei rastejar não que isso importe
mas ninguém sangra do jeito que eu sangro.
Então, olá falcão! 
Quando vi a sua sombra, soube que era você derrubando o anoitecer.
E em seus lábios, um mundo mágico um mundo folheado em ouro.
Olá falcão! Venha me pegar.
Acenando no vento suas penas
Pra me pegar, me roubar, me matar
E ainda assim, engatinharei até você como todos os outros.
Contra minha vontade
Mas me entrego a ela pro que der e vier.
E nessa hora mortal.
Nem o vento, nem a chuva, nem uma conversa
Trar-me-ão de volta vivo.
Mas ainda assim, me entrego a esse destino
Pro que der e vier.

"E de pedaços de velhas canções
Te entrego palavras
Sensações
E um sonho sonhado numa noite fria."



terça-feira, 5 de novembro de 2013

Cenas de um Amor Mequetrefe.

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Blake subiu as escadas, abriu a porta entrou em casa e sentou-se no sofá.
Percebeu uma bagana da noite anterior ali, como que o chamando pra mais um volta.
Acendeu-a e começou a ouvir os gritos vindo andar de baixo.
-Sasha! SASHA! Pelo amor de deus mulher, abre essa porta!
-Some daqui Al! Eu não aguento mais!
-Por favor, mulher! Por Deus mulher! Abre essa porta.
A vizinhança começou a se projetar, era por volta do meio- dia fazia um frio danado e a temporada 2013 de futebol estava chegando ao fim.
-PARA COM ESSA GRITARIA SEU VIADO!
-CORNO FILHO DA PUTA!
-EU ESTOU VENDO TV! SERÁ QUE NINGUÉM MAIS PODE VIVER EM PAZ?
A tv sempre a tv.A mais importante companheira das donas de casa do mundo inteiro, trazendo sempre seus romances arrebatadores entre homens lindos e mulheres fantásticas.
Blake olhou pela janela, enquanto soltava a fumaça pelas narinas.
Simpatizava com o garoto, o lembrava quando mais jovem, apenas mais magro.
Ela era um problema realmente. Tinha olhos furiosos, mas um corpo que era o próprio demônio na face da terra. Um enlouquecedor par de coxas e seios vulcânicos que pareciam sempre querer arrebentar o tecido da blusa.
Pobre garoto. Ele devia saber que mulheres assim eram tudo o que um homem precisava para ir pro inferno. Devia saber que ela o destruiria e que agora, por mais que ele gritasse e uivasse como um cão raivoso, era à toa.
Ela provavelmente destruiria outro cara qualquer no futuro e deve ter destruído mais alguns no passado, e Blake ficou feliz por não ser um desses.
De repente foi a velha cena clichê.
As roupas voando pela janela.
Cuecas, camisas de time. Olha! Não sabia que ele torcia pro alvinegro praiano, e voavam as toalhas, as meias e por ai vai.
Não era uma cena bonita, não mesmo.
Chegava a ser vergonhoso tudo aquilo, mas naquele momento Blake sentiu uma tremenda pena do rapaz e de todos os corações partidos pela terra.
Todo mundo uma vez na vida que fosse teria o coração partido e nesse jogo louco de machucar e se ferir teciam-se as histórias de amor da vida.
Blake nunca foi de cenas, mas as pessoas tinham direito a seus momentos.
Blake acabou de fumar, foi pro quarto, deitou-se nu e olhou o teto.
Já machucara e se machucara uma centena de vezes na vida e gostaria de não ter alma alguma pra sentir.
Tomara que a do garoto fosse estúpida ou forte o suficiente pra esquecer ou seguir em frente.
Tomara.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

MILITANDO EM MILILITROS

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Entrei no carro, liguei o rádio e comecei a andar. É claro que de uma forma ou de outra achava que aquilo não fazia o menor sentido, mas Ora bolas! Que vá tudo à merda!
O dia estava claro e com uma temperatura amena e sentia que o Sol me alimentava a alma naquele momento.
Cheguei ao local marcado, estacionei o carro, desci a rua e entrei no saguão do prédio.
Eles estavam a minha espera, Carl, Geena, e Perks, quem eu não via a muito tempo.
-Oi, Geena!
-Fala Cliff! Você vai ao banco antes?
-Sim, depois que tal biritarmos um pouco?
-Cliff seu pinguço! A reunião é lá em cima. Temos que ir pra lá.
-Não sei. Pra mim o melhor a fazer é ficar tomando umas e esperar o resultado como quem espera a morte.
-Vá ao banco depois a gente vê isso.
Fui ao banco, paguei contas, parcelei contas e vi a cara da morte no meu extrato bancário.
De um lado a pressão arterial, o estômago com problemas, a miopia aumentando e o joelho que nunca ficava bom, de outro as dívidas e a eterna falta de grana atacando todos os meus flancos como uma falange espartana.
Entramos no prédio, subimos pelo elevador por 10 longos andares, enquanto observava no espelho minha velha pança lotada de cerveja e vida desenfreada.
Chegamos ao local e fomos recebidos por um cara com cara de vassoura que não nos deixou participar da tal reunião.
Quando a porta se abriu, pude ver de relance QUEM estava lá dentro e comecei a sentir um tremendo cheiro de merda predizendo o que sairia de lá.
Ficamos aguardando o elevador e eu olhava pela janela. Devíamos estar a uns 80 metros de altura.
A cidade e as pessoas assim, em miniatura até pareciam boas.
Descemos e ao sair, sem ter conseguido entrar na reunião, convenci o pessoal a ir até o bar mais próximo pra beber um pouco.
Eu era mesmo má influência, despertava más tendências.
Fomos até um bar onde se podia fumar enquanto bebia coisa rara atualmente e lá acabamos encontrando um monte de gente que estava ligada naquela onda.
Nunca tive uma posição favorável às massas, ainda mais em bares, mas nunca fui esnobe, então juntamo-nos ao resto do bando de gente que estava esperançosa quanto à tudo aquilo.
Uma parte do pessoal estava enlouquecido, bolando planos extremamente absurdos, outra parte estava furiosa, querendo explodir bombas e mais um monte de coisas.
Eu sinceramente estava indiferente.
Fiquei bebendo meu “sour “como um louco, como sempre bebi. Bebendo e bebendo sob o Sol.
Militando apenas com meus mililitros etílicos que me deixavam felizes o suficiente porá encarar os problemas.
Não estava dando à mínima nem pros loucos, nem pros enfurecidos.
Vez por outra soltava uma frase qualquer pra participar da conversa, mas sinceramente não me importava. Sabia que os sonhos não se concretizavam assim tão facilmente sem uma estratégia bem formada e que só vontade sem razão não levava ninguém a lugar nenhum.
Por fim, Big Bull Clint chegou trazendo os resultados.
É claro que não tinha dado nada certo.
É claro que os enfurecidos estavam ainda mais putos e os enlouquecidos ainda mais furiosos.
E é claro que eu segui bebendo o quanto pude até ser enforcado pelo trabalho, pelas contas e por tudo que nos cerca mais uma vez


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CRIAÇÃO

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Quando Deus criou o amor, ele estava em dúvida
Quando Deus criou a bebedeira, ele precisava, queria e merecia um trago.
Quando Deus criou VOCÊ, ele contemplava o infinito mar de diamante.

Quando Deus Criou as pulgas, ele estava com raiva de alguém
Quando Deus criou a arma, ele estava deprimido
Quando Deus criou VOCÊ, ele estava olhando as estrelas

Quando Deus criou a música, ele sabia que isso iria salvar alguns
Quando Deus criou a mim, ele lamentou até o fim
Quando Deus criou VOCÊ, ele dançou sob o fogo

E da duvida veio a brecha que dava vaga pra bebedeira , pra felicidade que traz lágrimas e sensações conflitivas e que é boa mesmo assim
E da raiva veio o medo, a angustia, a fé insana mesmo sabendo que de algum modo  tudo chega ao fim
E da loucura veio o dane-se pra tudo e o seguir em frente andando mesmo que seja a esmo.

Mas no mar de diamantes dançando sob o fogo ele criou VOCÊ e derramou sobre o universo a melhor porção Dele mesmo